quarta-feira, 13 de maio de 2020

O dia em que a terra parou!



Sempre entendi que a Internet é a comprovação que a Anarquia é viável. Não existe ambiente mais desregrado do que a internet mas ao mesmo tempo ele vai se ajustando livremente. 
Essa observação sobre a Anarquia me faz pensar sobre a sua relação com o momento atual. Em um ambiente tão conturbado como o atual (principalmente no Brasil) é que alguns aspectos desse pensamento vem a tona. Se formos pensar na definição de Estado na visão de Errico Malatesta (“o conjunto de todas as instituições políticas, legislativas, judiciais, militares e financeiras, por meio das quais a gestão dos próprios assuntos, a orientação da conduta pessoal e a garantia da segurança são tomadas do povo e entregue a certos indivíduos, e estes, por usurpação ou delegação, adquirem o direito de fazer leis para todos, obrigando o público a respeitá-las, fazendo uso da força coletiva para esse fim.”) é nítido no Brasil que o estado passa por uma Doença (crise) autoimune desencadeada pelo poder. Malatesta ainda dizia que “a emancipação individual não é possível sem a emancipação coletiva, mediante a solidariedade”. Qualquer um que conviva com a população mais carente verá que a solidariedade é peça fundamental para a sobrevivência e que ela surge de forma natural mas que também é usada por muitos ao constituírem poderes (em ONGs, em Núcleos, em associações, etc) e assim, suprimindo a característica natural. Exemplo nítido e atual é um banco fazer propaganda dizendo praticar a solidariedade no momento e ligar para os clientes vendendo dinheiro a juros alegando com isso, ser solidário. Na verdade isso é querer aproveitar do momento para vender seu principal produto, a mesma coisa que fazem os que vendem mascaras e respiradores a preços exorbitantes defendidos pela lei da oferta e da procura. Vejo os governos brigando entre si, muito mais na captura dos louros para uso futuros de que no combate a pandemia. A questão já passa do ridículo e mais uma vez me pergunto: pra que Governo?
Ao ouvir Raul nessa manhã dei de ouvidos com o pensamento que deveríamos ter ao querer sair de casa: Não vá à Padaria pois o padeiro também não estará lá, não vá ao banco pois ele também não estará lá, não vá à escola pois o professor também não estará lá, não vá roubar pois não terá onde gastar!.
 
Mande o Estado as favas e seja solidário. 

Fique em casa, pois senão quando chegar o amanhã você também não estará lá!


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