sábado, 3 de outubro de 2020


 

Fico remoendo a amizade
Sempre tive os malquistos
nunca convivi com santos
É tudo encrenca mesmo
Nunca faltou um tostão
Fosse por João, ou Luiz
Com Paulo o valentão
Brigar eu nunca quis
O Byll me trouxe a razão
Mesmo seguindo a esmo
Andei caindo nos cantos
e com meus amigos esquisitos
me deparei com a lealdade

Sem ter amigo falso
até que comprovem primeiro
Pra mim era indiferente
Pois não tinha nem bem idade
Nunca quis um galanteio
que não fosse de Dona Eunice
Nas mãos de Beatriz fui leão
Reforçando o que mãe disse
E não quero fugir do meio
Pensando em igualdade
Pra alguns sou intransigente
Pra mim bom gandaieiro
Personagem de qualquer causo

Valorizando meu ninho
Com concorrência boa
Dos irmãos sou caçulinha
Mas nem por isso o mais frágil
Ser rezado de cobra
Só me deu imunidade
Sou cria de vó com orgulho
E faço o que me da vontade
Sem ser resumo da obra
Creio que sou bem versátil
Não gasto frase na rinha
Muito menos palavra a toa
só grito, devagarinho

Por mais que fique na minha
A voz sempre destoa
Pra dizer dos que conheci
Rasgo o verbo em soberba
Pois nada adianta uma vida
Pra quem vai viver sozinho
Uma alma precisa da outra
Mesmo que seja o vizinho
Pois quem só negocia a ida
Estranha encontrar a vereda
Se tive o que mereci
Não reclamo, na boa
A vida segue e caminha

quarta-feira, 13 de maio de 2020

O dia em que a terra parou!



Sempre entendi que a Internet é a comprovação que a Anarquia é viável. Não existe ambiente mais desregrado do que a internet mas ao mesmo tempo ele vai se ajustando livremente. 
Essa observação sobre a Anarquia me faz pensar sobre a sua relação com o momento atual. Em um ambiente tão conturbado como o atual (principalmente no Brasil) é que alguns aspectos desse pensamento vem a tona. Se formos pensar na definição de Estado na visão de Errico Malatesta (“o conjunto de todas as instituições políticas, legislativas, judiciais, militares e financeiras, por meio das quais a gestão dos próprios assuntos, a orientação da conduta pessoal e a garantia da segurança são tomadas do povo e entregue a certos indivíduos, e estes, por usurpação ou delegação, adquirem o direito de fazer leis para todos, obrigando o público a respeitá-las, fazendo uso da força coletiva para esse fim.”) é nítido no Brasil que o estado passa por uma Doença (crise) autoimune desencadeada pelo poder. Malatesta ainda dizia que “a emancipação individual não é possível sem a emancipação coletiva, mediante a solidariedade”. Qualquer um que conviva com a população mais carente verá que a solidariedade é peça fundamental para a sobrevivência e que ela surge de forma natural mas que também é usada por muitos ao constituírem poderes (em ONGs, em Núcleos, em associações, etc) e assim, suprimindo a característica natural. Exemplo nítido e atual é um banco fazer propaganda dizendo praticar a solidariedade no momento e ligar para os clientes vendendo dinheiro a juros alegando com isso, ser solidário. Na verdade isso é querer aproveitar do momento para vender seu principal produto, a mesma coisa que fazem os que vendem mascaras e respiradores a preços exorbitantes defendidos pela lei da oferta e da procura. Vejo os governos brigando entre si, muito mais na captura dos louros para uso futuros de que no combate a pandemia. A questão já passa do ridículo e mais uma vez me pergunto: pra que Governo?
Ao ouvir Raul nessa manhã dei de ouvidos com o pensamento que deveríamos ter ao querer sair de casa: Não vá à Padaria pois o padeiro também não estará lá, não vá ao banco pois ele também não estará lá, não vá à escola pois o professor também não estará lá, não vá roubar pois não terá onde gastar!.
 
Mande o Estado as favas e seja solidário. 

Fique em casa, pois senão quando chegar o amanhã você também não estará lá!


quinta-feira, 30 de abril de 2020


Dizem que "devagar e sempre se chega longe" e assim é o SubTotal. O primeiro disco demorou 30 anos o segundo já está com 6 anos. Daqui a pouco ele sai.

Estamos nas bases de guitarras, depois vem solos  e voz.

Vai ficar pronto um dia, tenho fé ... rs

domingo, 5 de abril de 2020

O Sujeito, o Verbo e o Tempo


Acho que as pessoas verbais que praticam as ações, os sujeitos, poderiam pensar na inclusão de mais uma pessoa verbal nesses tempos difíceis. As pessoas do plural são divisionistas fazendo que a totalidade sempre venha acompanhada de mais uma divisão como: "todos NÓS", "todos VÓS" ou "todos ELES". Poderiam incluir a 4ª pessoa do plural, o TODOS, que incluiria o NÓS, o VÓS e ELES, representando todos sem exceção, distinção ou divisão. TODOS representaria realmente a Todos.  Chega de Nós, de Vós ou de Eles! Se quisermos continuar conjugando o verbo em tempo futuro.