terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ócio


(Dráusio)

Na felicidade de Lupcínio
Brindar o sossego num Tim Tim
Deitado na rede de Caymmi
Da qualidade desse time
Ao conforto que o nada traz pra mim
Proclamo que o Ócio é fascinio

Quero dar um salve pra de Masi
No ritmo que conserva as tartarugas
Desordenado tal Bocage
Brado no alpendre tomando arage
Vendo a atividade contar suas rugas
Faço um nada com toda classe

Me diz ai Galego!
Quando for pra Jacumã me chama
Quero ir na Cada pra tomar uma câna
Deixar que o ócio passe a reinar

Quero a inspiração da santidade
Preparando o mundo para o sábado
Do ofício que quebrou o osso
Na labuta por um salário insosso
Vivendo a espera de um feriado
Quero a calma do fim da idade

Olhando as bundas com Lisboa
No balanço suave de Vinícius
Da calma que inicia o sexo
Num cigarro relaxo desconexo
Viajando nas brisas de outros vicios
É pro ócio que teço essa loa

Me diz ai Galego!
Quando for pra Jacumã me chama
Quero ir na Cada pra tomar uma cana
Deixar que o ócio passe a reinar