domingo, 12 de julho de 2009

mais que amigo, mais que irmão ...



Já diria Vinicius ...

Quem já passou por esta vida e não viveu
Pode ser mais mais, mas sabe menos do que eu ...
Porque a vida só se dá pra quem se deu ...
pra quem amou, pra que chorou, pra que sofreu ...

esse meu amigo ainda esta nesta vida ...
e de passagem como todos nós ...

um amigo verdadeiro !!!

pra sair de prudente até Osasco ...
não antes de passar pelo "Anália Franco"
e sem viver obrigado, ainda que cansado ...

tava lá ....

eu realmente sou um privilegiado ...

uma abraço a todos os alagados ...

e em especial a meu amigo:

Paulo Feliciano Barbosa Neto ....


valeu Paulinho ...

terça-feira, 7 de julho de 2009

um bom baiano



No ano de 1.981 eu fazia o colégio no Ceneart em Osasco-SP (ao menos estava matriculado). Era comum nessa época levar o violão e ficar tocando no pátio. Foi numa roda de violão destas que conheci o Amigo Eron Meira. Nessa época estava eu com meus 16 e ele com seus 26 aproximadamente. Embora a diferença de idade fosse grande a música sempre teve o poder de aglutinar diferenças e foi assim que começamos a trocar músicas e idéias entre um e outro garrafão de vinho. O Eron era amigo do Anor (hoje Anor Baroni ou Magú o cantor) e logo a turma foi ficando grande juntando ainda o Douglas (Subtotal e Alcatéia). Fomos nos enturmando nos festivais da escola, montamos o grupo Gaiola, juntamos a Senise e o Giba e formamos o Trocadilho. O tempo passou a turma se separou, eu fui tocar no Ibirapuera e depois no Bixiga. Quando sai do Perepepes estava procurando um bar para tocar quando encontrei com o Eron. Ele estava cobrindo o Construção (do amigo Everaldo) na Sunshine, nas noites em que o Construção tocava no Rhapsody. Como ele tinha conseguido outro bar precisava de alguém para fazer a cobertura. Fui tocar na Sunshine e de quebra dividir um quarto e cozinha com o Eron próximo a Vila dos Artistas.
Histórias a parte, na minha convivência com o Eron pude perceber como ele é um observador. Ele consegue pescar uns detalhes nas cenas da vida, que normalmente passa e ninguém percebe. É de enxergar " ... mas é que você tem preso no chinelo um talo de capim ...", é de levar "... chinelo de banho, toalha de rosto, alguns mantimentos e um ventilador ... " e perceber que "...tô levando tudo mas vai faltar tudo se você não for...". Um cara que canta "...de acordo com você e as vezes o meu canto não tem nada a ver...", de ir para uma "roubada" com uma amiga "...me patenteando de marido..." lá em "...Guarapiranga estrada do Guavirituba..." e dar de desculpa para não tocar: "...minha mulher tá com problema de pressão...". O cara com a capacidade de convidar a pretendente "...para aquele passeio turístico na grande cidade..." e torcer "...pra quem sabe a partir desta data a gente entre numas de um apartamento ou numas de um dois dormitórios na periferia...". É aquele que adora "...esse seu pique de ´s´ no fim das palavras como se escreve: chopps, drops, kids ..." e tem a educação de se desculpar "tirei o que eu também achei que não estava bom naquela música, só não falei nisso antes pra não ser desagradável...".

No último sábado (04/07/09) fizemos uma apresentação com o Eron no Parque Villa-Lobos. O Eron apresentou algumas música e depois improvisamos uma participação do Subtotal. Além da observação, quem viveu em bar e passou pela Bossa Nova não perde a dissonância e quem viveu a Virada Paulista ganhou um jeito meio falado de cantar. Fica algo meio Rumo, meio João Gilberto, meio Raul Seixa e inteiro Eron Meira.

É isso ai Baiano. Vou parar com isso pois "...de períodos pra se lê, parágrafos para anotar, um trecho de 30 linhas eu preciso terminar, meu papel tem 31 só me resta assinar...".

Eron Meira (por Dráusio)



* Todas os trechos citados são parte das letras das músicas do Eron