quinta-feira, 12 de março de 2009

O principal


Que mal há em ser o segundo
O segundo melhor
que por um segundo não foi o primeiro
Ser o coadjuvante que salva o principal
Quando a memória lhe esconde a fala

Qual o problema de não ser o primeiro
Poder ser dentre todos o derradeiro
O portador da esperança
Que de tão malfadada lembrança
Se esforça novamente um ano inteiro

Que mal há em não ser imortal
Um acadêmico, um nome de rua,
De uma ponte ou monumento,
Ter de ser o enredo da escola!
Por que não o passista em movimento?

Por que não ser o vice,
Possível empossado ao invés
do titular destronado
Ser o que desfruta
sem esperança o prêmio
A Bateria nota dez da escola nota nove

Até que me prove
Não é tão ruim ser derrotado
Perder é só não ganhar
Não é ter azar nem sorte
Mesmo que não sofra nem um golpe
Mesmo que não chegue a lutar

Mesmo que não chegue a perpetuar
O segundo o terceiro e porque não o primeiro
Entram pra história pela disputa
Não tem quem ganhe sem ter quem perca
Pois na vida a gente só participa
E só não chegamos quando não há mais vida.

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